FRUTEIRA CONCRETISTA

Na década de 1950, o concretismo enraizou-se na produção artística brasileira, orientando por meio de suas propostas nomes que viriam a ser reconhecidos internacionalmente pelas pesquisas que levaram a cabo no campo das artes. O eixo Rio-São Paulo passava por profundas mudanças em sua estrutura sócio-cultural, com acentuado avanço da urbanização em sua órbita e a criação de instituições que logo se tornaram polos de relevância continental no circuito artístico, como a Bienal de São Paulo.

Entre nossas produções, a Fruteira Concretista foi assim batizada porque é a que examina de maneira mais focada o repertório e os resultados da vanguarda concretista – e também o neoconcretismo. As principais lições que sublinha são:

1) A obra de arte é capaz de carregar elementos de uma realidade que ela própria constrói, ou seja, não é sua função representar a realidade, e sim articular elementos da racionalidade humana.

2) A geometria pode ser usada como ponte entre o fazer do artista e a produção industrial, seriada, e influenciada pelas possibilidades técnicas à mão.

3) A interação direta com a obra de arte é uma da formas mais eficazes de mantê-la viva e propiciar experiências mais plenas com o objeto artístico. Os nove módulos que compõem o conjunto da Fruteira podem ser articulados entre si de formas infinitas, aceitando que novas configurações e novos usos lhes sejam aplicados de acordo com a capacidade do usuário – que acaba sempre virando espectador.

Especificações e composição: Concreto reforçado com fibras de polipropileno.

Tamanho: 8 cm (comprimento) X 8 cm (largura) X 5,5 cm (altura) (unidade)
Tamanho: 24 cm (comprimento) X 24 cm (largura) X 5,5 cm (altura) (9 unidades, agrupadas) / Peso 4,5 kg.